sábado, 8 de janeiro de 2011

5° Capítulo

Eu estava em estado de choque com tudo isso que estava acontecendo, não conseguia pensar em nada a não ser em minha mãe, e os momentos com ela que eu perdi por estar brigando e discutindo com ela. Se eu pudesse eu faria voltar o passado e fazia tudo totalmente diferente... "Minha mãezinha morreu e agora ?" , isso ficava martelando na minha cabeça, e eu ficava perdida em meus pensamentos procurando respostas e sem nenhuma, quando de repente meu pai entra na sala onde eu estava, sentou ao meu lado me abraçou e sussurrou em meu ouvido:


Alex: Vai ficar tudo bem filha, eu estou aqui, eu vou cuidar de você. E eu respondi entre minhas lágrimas:
Beatriz: Aí pai que bom que você está aqui, eu não conseguiria enfrentar isso sozinha.
Alex: Eu sempre vou estar ao seu lado, não importa o que aconteça, ok ?
Beatriz: Tá certo pai, muito obrigada pai, eu te amo.
Alex: Eu também te amo muito filha, agora vamos arrumar suas coisas porque você vai viajar comigo amanhã para Atlanta.
Beatriz: Pai, deixa eu antes ver minha mãe pela última vez. 
Alex: Ok, vá se despedir da sua mãe.


Eu o abracei e fui pra sala onde minha mãe estava. Eu olhei para trás e vi que meu pai também estava muito abalado com tudo isso, pois mesmo eles estando separados eu sabia que os dois se amavam muito e por isso eu nunca perdi as esperanças deles voltarem, até meu pai começar a namorar com aquela mulher. (Eu ainda não estou acreditando que eu vou ter que conviver pelo resto da minha vida com aquela mulher, mas eu vou ter me conter, pois eu prometi a minha mãe). Eu entrei na sala e vi os médicos retirando os aparelhos da minha mãe e minha mãe sem sinal de vida e muito pálida, isso me deu uma tristeza, eu não queria que isso acontecesse, porque não foi eu em vez dela ?
Cheguei perto do seu rosto, a abracei e disse junto ao seu ouvido como se ela pudesse ainda me ouvir: "Eu te amo mãe, você vai estar sempre no meu coração e ninguém vai ocupar o seu lugar." Eu beijei o seu rosto, disse "Adeus mãe, vá em paz" e sai da sala. Meu pai me esperava ao lado de fora, quando me viu ele me abraçou e nós começamos a chorar  e eu abracei o meu pai o mais forte que podia... Depois de 5 minutos chorando e nos abraçando meu pai enxugou suas lágrimas e disse: 


Alex: Vamos filha, agora temos mesmo que ir arrumar suas coisas pois não podemos perder o vôo.
Beatriz: Claro, vamos sim pai.


Eu e meu pai saímos do hospital, entramos no carro e fomos para casa. Chegando lá eu entrei e subi para o meu quarto, enquanto meu pai foi para a cozinha fazer alguma coisa para nós comermos. Enquanto isso a única coisa que eu queria agora era tomar um banho e esquecer tudo o que aconteceu, mas eu sabia que era impossível esquecer minha mãe morrendo em meus braços, e isso me doía muito pois naquele momento eu não pude fazer nada para salvá-la. Entrei no meu quarto joguei minha bolsa da escola em cima da cama e fui para o banheiro, tomei banho, coloquei uma roupa mais leve e desci para fazer companhia ao meu pai, mesmo sabendo que eu não seria uma boa companhia.
Chegando lá embaixo meu pai fala para mim:


Alex: Filha, vem comer eu preparei o meu prato favorito Espaguete.
Beatriz: Pai eu tô sem fome.
Alex: Poxa filha eu fiz com tanto carinho o Espaguete, come só um pouquinho vai.
Beatriz: Tá bom pai, mas só um pouco tá ?
Alex: Ok.
 Eu coloquei um pouco de espaguete no meu prato. Não é que estava ruim é porque nada me descia a garganta. Quando eu comecei a comer, eu comecei a me sentir mal e a ficar tonta, quando meu pai viu meu estado ele ficou bem preocupado.


Alex: Filha o que houve ?
Beatriz: Eu não estou me sentindo bem pai.
Alex: Bia, você está pálida, eu vou chamar o médico.
Beatriz: Não pai, não precisa, eu só preciso dormir um pouco isso deve ser cansaço.
Alex:Tá eu vou te ajudar a ir para o quarto.


Enquanto meu pai me levava no colo eu começava a melhorar, ele me deu um calmante para eu dormir e me deitou na cama. Eu só me lembro de ter sonhado com minha mãe. Acordei com meu pai me chamando para eu me arrumar para irmos ao aeroporto. Eu me levantei tomei banho, me arrumei, peguei minhas coisas, fechei tudo, quando eu estava saindo de casa eu senti um aperto no peito e uma tristeza muito grande, pois eu estava deixando tudo e todos para começar uma nova vida, em um novo lugar e sem conhecer ninguém, ou seja, eu voltaria a ter aquela minha vidinha infeliz e solitária, e agora com um grande problema: SEM A MINHA MÃE.


...


(Continua...)

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